sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Psicologia Aprendizagem - Aulas 25 a 28

Psicologia da Aprendizagem

Semana 7 – Aulas 25 a 28


Resolução de Conflitos e o Cotidiano Escolar, a Aprendizagem Emocional e os Conflitos de Gênero


O cotidiano escolar é um espaço rico em relações humanas e sociais complexas e em consequência, de muitas contradições.

A maioria das teorias interacionistas em filosofia, psicologia e educação estão alicerçadas no pressuposto de que nos constituímos e somos constituídos a partir da relação direta ou mediada com o outro, seja ela de natureza subjetiva ou objetiva. Partindo deste princípio, os conflitos são inerentes à natureza humana e nesta relação com o outro, nos deparamos com as diferenças e as semelhanças que nos obrigam a comparar, descobrir, ressignificar, compreender, agir, buscar alternativas e refletir sobre nós mesmos e sobre os demais.

O conflito torna-se portanto, a matéria prima para nossa constituição psíquica, cognitiva, afetiva, ideológica e social. Os conflitos podem ser um fator positivo para o crescimento pessoal, mas é de extrema importância que não haja violência; pois se isso ocorrer, torna-se um fator negativo, de ruptura de relação e de destruição do outro.

Quando tratados adequadamente, os conflitos trazem resultados positivos, melhorando o desempenho, o raciocínio e a resolução de problemas; e principalmente, favorecendo o respeito as diferenças, a estruturação de acordos e construção de práticas democráticas.

O processo de aprendizagem da resolução de conflitos requer praticas sistemáticas de análise de suas causas, consequências, estados afetivos, mudanças de perspectiva e elaboração de encaminhamento para as situações enfrentadas, promovendo o diálogo e a participação coletiva em decisões e acordos.

Para incorporar a afetividade no cotidiano escolar devemos realizar um trabalho sistematizado com os sentimento e afetos, rompendo com concepções educacionais que separam os campos cientifico e o cotidiano do conhecimento, das vertentes racional e emocional do pensamento. Devemos tratar as emoções e os sentimentos como objetos do conhecimentos com o mesmo status que os demais conteúdos acadêmicos. Além disso, é importante tomar consciência dos próprios sentimentos e emoções e ajudar os alunos para que o façam, pois desta forma abre-se um caminho para desenvolver simultaneamente, a sensibilidade, o juízo e a conduta de ideias e valores, proporcionando um maior conhecimento de si e das demais pessoas do nosso convívio.

No âmbito da Escola é possível observar que os indivíduos posicionam-se diante de Violência de Gênero de formas diferentes e subjetivas. Auxiliar os estudantes a identificar estas nuances da violência de gênero é essencial para que ocorra um processo de aprendizagem na resolução de conflitos relacionados a este assunto. Portanto cabe aos docentes desenvolverem projetos que favoreçam a compreensão dos fundamentos de ética, dos direitos humanos e principalmente da igualdade de direitos entre homens e mulheres.





Fundamentos e Práticas de Educação Moral


A moralidade é um conceito amplo, mas que tem sua origem na decisão de como queremos viver no mundo com os outros; e trata-se de uma decisão pela construção de relações marcadas pela justiça, felicidade, dignidade, integridade e respeito.

A Educação Moral tem como fundamento, contribuir para que a construção de relações seja mais plenamente ativa, consciente e livre.

A Educação Moral é dividida em 04 dimensões que podem se correlacionar, são elas: conhecimentos sobre fatos e guias morais, ações sócio-morais, competências psicomorais e valores morais.

Os conhecimentos sobre fatos e guias morais tem relação com o conhecimento de conflitos e morais do presente do passado; de referências morais construídas aos longo da história, como: tradições, ideologias, regras, leis, costumes sociais, entre outros.

As ações sócio-morais é um princípio no qual são através de ações que o indivíduo exercita, reforça e reconhece os valores como parte da sua identidade. Ou seja, a construção da moralidade ocorre através de experiências concretas, nas quais o indivíduo vivencia consequências positivas de ações morais e consequências negativas daquelas que contrapõe os princípios éticos elementares.

Os conhecimentos psicomorais são procedimentos psicológicos que o sujeito constrói e mobiliza diante dos conflitos morais com o objetivo de alcançar uma meta. Entre os conhecimentos psicomorais estão o autoconhecimento, a empatia, o juízo moral, a compreensão critica, as habilidades dialógicas e as capacidades emocionais e de sensibilidade.


Os valores morais podem ser definidos com um sistema de regulação de conflitos e contradições humanas; e tem relação com o que o indivíduo considera importante ou preferencial moralmente, sendo desejável que estejam associados a conceitos e normas de conduta como justiça, generosidade, solidariedade, coerência, responsabilidade, cuidado, amizade, etc.




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